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Patriarcado vs Matriarcado?

  • Foto do escritor: psificando
    psificando
  • 21 de jul. de 2024
  • 3 min de leitura

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A questão que vivemos hoje já não é apenas uma questão de gênero, é uma questão de valores e valores femininos são para todos e precisam muito ser resgatados.


A diferença de um modelo patriarcal e um matriarcal não se assemelham, eles são profundamente diferentes e diametralmente opostos.


Parece um pouco mais evidente hoje que aceitemos que algo em nossa natureza nos move e nos motiva, e que o adoecimento é ou uma identificação com este 'algo' ou uma negação deste 'algo' que podemos chamar de imagem de Deus.


Pois bem, no matriarcado a imagem de Deus é feminina, e o feminino foi construído ao longo de milhares de anos como aquela que nutre e cuida, aquilo que da a vida pode apenas ser feminino principalmente por nossos ancestrais, por tanto em uma sociedade matriarcal o pilar fundamental seria o cuidado acima de tudo, a comunidade e o acolhimento.


Nesse tipo de sociedade a mulher tem seu espaço pois se respeita sua individualidade e se compreende seus ciclos naturais, se prioriza a liberdade e a liberdade de expressão, e o mais importante os sentimentos além de não serem questionados, são vividos juntos.


A casa é da matriarca e todos colaboram e a escutam, e ela tem plena consciência de sua responsabilidade, por isso ela trabalha muito, e por isso não se acumula ou se expande o território indiscriminadamente como seria em uma comunidade patriarcal, pois mais território significa mais trabalho e seu valor não está pautado no trabalho e sim nas relações.


Agora eu lhe pergunto, o brasileiro é mais patriarcal ou mais matriarcal em sua psicologia? Principalmente visto que a grande maioria dos brasileiros são criados por suas mães e avós, que no ensino temos um maior numero de professoras mulheres do que homens, e que o cuidado está introjetado no feminino.


Embora tendemos a crer que vivemos em um sistema exclusivamente patriarcal eu muitas vezes me questiono o quanto isso é verdade? Obviamente a estrutura social é patriarcal, discriminatória, rígida e moral, mas em sua alma o brasileiro é mais aberto, carinhoso, aberto as diferenças, essa é a essência.


Dentro de nossa psique sempre teremos uma grande imagem de um Deus onipresente e onipotente que nos foi imposta pelos forasteiros, mas também temos de uma Deusa que nos nutre e nos protege da melhor maneira possível, que se reinventa quantas vezes forem necessárias para cuidar de seus filhos.


Tanto matriarcado quanto patriarcado fazem parte de nossa formação como indivíduos e como espécie, por isso eu acredito que para vivermos cada vez mais em paz e para podermos unir ambas as forças, precisamos tomar consciência que o mal do patriarcado vive em cada homem e mulher na terra, e que o matriarcado também tem suas limitações e dificuldades.


O que muitas vezes deixamos de lado é a nossa humanidade em uma luta que é interna, onde tenho raiva daquele homem que me abandonou, que não me aceitou, que me abusou, e esqueço de olhar para onde mais importa, a minha relação com essa imagem interna de Deus, que eu nego em mim mesmo, e portanto me subjugará até que eu aprenda a olhar para ele, que eu de contorno e forma, que eu compreenda que caminhamos juntos, lado a lado, homem e mulher.


Para que nesse momento eu possa de coração aberto me perguntar: Do que o mundo realmente está precisando mais? Expansão territorial e crescimento exploratório ou é de amor e cuidado?


Deixo aqui um documentário em 4 partes que me inspirou muito a levantar esses questionamentos e recomendo demais:




E para alimentar a alma brasileira com música da nossa ancestralidade africana reconhecida pelo músico alemão Rainer Scheurenbrand:



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