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Entre Dois Rios: Reflexões sobre a Jornada da Vida e a Busca por Significado

  • Foto do escritor: psificando
    psificando
  • 8 de mai. de 2024
  • 3 min de leitura
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É demasiadamente comum para viajantes durante uma travessia acabarem ficando presos dentre dois rios, acampando por uma área, uma chuva cai a noite e os rios se inundam, muitas vezes precisam caminhar várias horas até encontrar um local seguro para atravessar, muitas vezes os rios são perigosos, cheios de crocodilos, o desgelo das montanhas torna tudo ainda mais difícil, o alimento fica escasso, muitos acabam por definhar e ali, naquela passagem encontram seu destino.


A travessia é um motivo arquetípico comum nas grandes passagens da vida, se vocês assistirem o filme "Into the Wild" verão que é isso que ocorre com o protagonista, esse é meu filme favorito, fala muito sobre mim, minha história é a história de muitos brasileiros que compraram o sonho americano.

Talvez você tenha acabado de ficar preso em dois rios e busca nestas palavras uma resposta, uma ponte, algo para atravessar ao outro lado, talvez em um filme ou em um livro, em uma terapia nova, em uma pessoa nova.


Infelizmente tenho que fazer contigo aquilo que você mesmo tem feito, dizer que é exatamente isso tudo, essas suas fantasias são reais, tão reais quanto o universo qual cada livro abarca em suas páginas, em cada folha que seus dedos tocam enquanto os arrasta palavra a palavra, cada mito e cada conto de fadas ouvidos em toda sua história, tudo isso é real!


Esses dias resolvi resgatar uma dessas histórias, era sobre um menino chamado Tistu, é curioso pois este é o nome de onde passei meu jardim de infância, ele era um menino que tinha um dedo mágico, onde quer que ele esfregasse seu polegar alguma semente vingava e crescia muito rapidamente, até hoje me pergunto se tenho o dedo podre pois tudo que toco demora tanto para crescer.


Ele tinha pais perfeitos, em uma casa brilhante, vários carros na garagem e carroças com seus cavalos nos estábulos, era educado em casa pela própria mãe, enfim o sonho de todo garoto, mas seus problemas começaram na escola onde os professores viam ele como uma criança muito diferente, não me é de estranhar essa história, será que só eu era o diferente na minha escolinha? Isso não sei mas com certeza hoje eu vejo quanto me sinto inútil e diferente muitas vezes, como toda vez que me distraio com as belezas do mundo que me cercam me sinto desconfortável comigo mesmo, inadequado com minha curiosidade e essência…


Enfim já estou divagando, bem como Tistu se distraia na escola, mas quando ele se deparava com a realidade e a maneira que as pessoas viam o mundo ele se impressionava mais com a reação dos adultos do que com a situação em si. Poderíamos tirar uma lição daí não poderíamos?


Sim como vês as histórias trazem seus ensinamentos, mas seus ensinamentos são mais viscerais, eles te conduzem se você fizer o trabalho de refletir sobre eles, demandam da imaginação e de nosso intelecto. Você agora que se prende entre dois rios, o que será que busca nessas palavras? Quais histórias narram sua vida? Qual seu conto favorito?


Eu poderia falar para você que está preso nessa passagem buscar um terapeuta, tenho até um bem bom pra te indicar, mas como um bom menino te indico uma boa história, dessas com detalhes que te carregam para dentro, aquela qual se identifica mais contigo, onde o protagonista sonha seus próprios sonhos e perceba ali, onde foi que você ficou entre esses dois rios! E qual será a caminhada que terá que empreitar até se encontrar na próxima travessia?


Caminhe com curiosidade, quais serão os animais que se apresentaram para você? Talvez uma grande árvore já esteja caída formando uma ponte, talvez quem sabe primitivos do vilarejo mais próximo podem estar por ali e te ajudem nesse regate. Mas não me deixe te ludibriar, pois já estou fantasiando demais, a realidade é tão bela e tão cheia de surpresas em cada detalhe quanto era quando seus sonhos foram apagados pelos adultos e seus próprios fantasmas.


Brunno Germani Daminelli

O Super Homem de Nietzsche.


Os mais preocupados perguntam hoje: “Como conservar o homem?”.

Mas Zaratustra é o primeiro e único a perguntar: “Como superar o homem?”.


O super-homem me está no coração, ele é o primeiro e único para mim

— e não o homem: não o próximo, não o mais pobre, não o mais sofredor, não o melhor —


Ó irmãos, o que posso amar no homem é o fato de ser uma passagem e

um declínio. Também em vós há muita coisa que me faz amar e esperar.

Desprezastes, ó homens superiores, e isso me faz ter esperança. Pois os

grandes desprezadores são os grandes veneradores.


Desesperastes, e nisso há muito a reverenciar. Pois não aprendestes a

vos entregar, não aprendestes as pequenas prudências. —


Pois agora as pessoas pequenas se tornaram senhores: pregam a

modéstia, a entrega, a prudência, a diligência, a consideração e a longa

lista de “etc.” das pequenas virtudes...

 
 
 

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